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Brasil: pobre-menino-rico (crônica inédita)


Alguém já parou para pensar que ninguém descobriu ou inventou 'nada' de interessante recentemente? Que os premiados pelos famosos Prêmios Nobel (que existe, pasme, além do da Paz) são ilustres desconhecidos? Até mesmo o Oscar já não é tão badalado assim, visando mais o comercial do que a arte...

Sinto falta de novos "Einsteins", "Edsons", "Marxs", "Pitágoras", "Platões" e "Sócrates" da vida. Pessoas essas que, de alguma forma, marcaram a história do mundo, contribuindo com descobertas e inovações. Criando algo "do-nada", "da-cabeça-deles". Através de iniciativas individuais, foi possível explicar fenômenos físicos, criar fórmulas matemáticas, a eletricidade, a água encanada (e quente)... Para quê, afinal, eles inventaram tantas 'coisas'?

Para pura evolução do conforto. Sim, penso que conforto não é luxo, muito menos capricho, e sim o início do que é viver no mundo material. Um mínimo de sustentação equilibrada da vida. Ar-condicionado no carro, por exemplo: é uma delícia, diria até ser uma necessidade na calorosa cidade do Rio de Janeiro (risos). Foi pela força de vontade de alguém em fazer algo de verdade, para termos de fato um mundo melhor, viver em uma situação mais favorável.

Sim, as pessoas também criam 'besteiras'. Isopor e seu uso indiscriminado, usado na fabricação de recipientes para armazenar bebidas ou frios de supermercado, sendo que ele nunca (nunca-nunca) se desintegra na natureza e que, a meu ver, pode ser facilmente ser substituído por papel que contém uma película plástica por exemplo. Em alguns casos, bens duráveis são tratados como bens descartáveis, onde a 'arte-da-compra' fascina, entretêm.

Em diversos países do mundo, o 'descarte' é levado a sério, onde métodos de reciclagem e destruição do lixo é feito de forma ecológica e controlada.

Link: http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-paulo-mais-limpa/noticia/2012/05/descarte-irregular-de-lixo-gera-multa-ou-prisao-no-japao.html

Há de se fazer de fato, tirar do papel aquele "Brasil" projetado, idealizado, apagar do consciente coletivo aquele ranço da década 'perdida' de 1980 de achar que o país nunca-vai-dar-certo, que-não-tem-jeito-mesmo, que-é-e-sempre-vai-ser-uma-bagunça-organizada, parar de pensar que é um 'coitadinho' porque não se acha 'primeiro mundo'... O mundo é um só, todos os países são desse mundo; não há vários mundos dentro de um mundo só. Deixar de ser 'mimado' e aumentar a auto-estima e dizer para si mesmo: "Eu sou um país feito para dar certo."

Recursos naturais abundantes, arrisco dizer infinitos, carisma e sorriso contagiante e encantador que só a alma brasileira tem, diversas comidas típicas regionais - que formam 'micro regiões', para nosso deleite e cada uma a seu gosto (baiana, mineira, carioca, sulista, nordestina etc.) -, beleza natural de ampla extensão, com direito a floresta tropical particular, praias de variadas belezas, 'milhões' de sotaques - o que considero 'mini-dialetos', pelas gírias locais e tão particulares... Tudo isso em um só país.

Exportamos esportistas/atletas, modelos que desfilam deslumbrantemente em passarelas mil pelo mundo, estilos musicais que insistem em ser eternos a olhos internacionais, como samba de raiz e bossa nova. País de solo fértil, hectares de perder-de-vista, ali, disponíveis e 'verdinhos', à espera de plantações de futuros alimentos, inflando o segmento da Agronomia.

Cientistas brasileiros estão, nesse momento, trabalhando em universidades estrangeiras, justamente buscando a inovação, o pioneirismo. Ainda não entendendo - apesar de óbvio - que o Brasil se 'nega' em investir realmente (leia-se: sem-desvios-de-verba) nas fontes educacionais, como Faculdades/Universidades, Colégios Públicos (sim, você leu certo: público e não particular), Creches, para que haja no futuro próximo, pesquisas científicas mais profundas. O criar-algo-do-nada, como o brasileiro que pretende criar um protótipo de esqueleto externo para paralíticos, de modo que ele readquire sua mobilidade, o possibilitando novos movimentos.

É magnífico o que resultados de uma pesquisa bem aplicada pode beneficiar o ser humano em seu cotidiano.

Link: http://globotv.globo.com/rede-globo/fantastico/v/projeto-quer-fazer-um-brasileiro-paraplegico-dar-o-pontape-inicial-da-copa-de-2014/1830921/

Miguel Nicolelis, que recebe apoio para elaborar a pesquisa em solos acadêmicos americanos, busca a conquista em chutar a primeira bola do primeiro jogo da Copa do Mundo de 2014 aqui no Brasil. E o que pensar do que já é realidade? Atletas paraolímpicos que utilizam de próteses apelidadas com nomes de animais 'velocistas', como canguru e cheetah.

Link: http://rio2016.org/noticias/noticias/alan-fonteles-franciela-krasucki-e-usain-bolt-vencem-desafio-na-praia-de-copacaban

Desenhistas brasileiros, como Carlos Saldanha, de filmes como franquia Era do Gelo e Rio, que brilham e encantam a todos que assistem seus filmes, com cores, brilho e histórias, patrocinadas pelas "Disney-studios-da-vida" made in USA.

Link: http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/163/noticias/a-noz-de-carlos-saldanha

O que quero dizer com tudo isso?

Que o Brasil deveria contratar um bom psicólogo, um bom dedetizador, para que cure de vez seu complexo de inferioridade, crie anti-corpos, expulse/limpe todos os corruptos de todos os governos de todos os Estados, que crie uma estrutura "do zero", que é o que o Eduardo Paes, Prefeito do Rio, parece estar buscando fazer. Entendam que não votei nele, mas sou justa o suficiente em parabenizar qualquer busca em fazer o bem comum. Confesso que adoro atos determinados, corajosos, que desejam uma nova ordem, para que recebamos os benefícios de tantos impostos. O disque-1746 é uma central onde o cidadão pode fazer chegar sua insatisfação de vários serviços da Prefeitura. Um bom exemplo de interesse real em fazer algo para o bem comum.

Para o solo germinar, basta uma semente plantada. Dessa semente, pode nascer girassol, cana-de-açúcar, laranja, inhame, cenoura, melancia, jaca, soja, côco, banana, etc. etc. etc...

Tudo que se planta no solo brasileiro dá frutos, germina, e isso não é à toa, ao acaso. Sem contar que a qualidade do solo em termos férteis é excelente. Mas... Há de se plantar, ter a ação de jogar a semente no solo, para assim, finalmente, germinar.

Que o Brasil entenda que tem promissoras sementes nas mãos, que tem solo mega fértil... Mas, como os mágicos feijões dos gigantes das histórias que são eternos contos-da-suposta-carochinha, são mega, mega poderosos... E podem mudar o mundo como ele se vê.

Vai Brasil... Crie coragem e pule.

(risos)